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Segunda-Feira, 04 de Agosto de 2025 às 16:15:00
Robótica educacional promove inclusão de estudante neurodivergente no interior de Sergipe
Projeto ‘Rex Bot’ estimula protagonismo e habilidades socioemocionais a partir do hiperfoco de aluna com TEA

Uma iniciativa desenvolvida no Centro de Excelência Deputado Joaldo Vieira Barbosa, unidade de ensino da rede pública estadual no município de Salgado, está mudando a forma como a robótica educacional pode ser utilizada como ferramenta de inclusão e valorização das individualidades. Intitulado ‘Rex Bot e o Despertar do Protagonismo’, o projeto é resultado das atividades da eletiva ‘Livre Robominds’, coordenada pela professora Andréa Ameno, com apoio do coorientador Denisson de Oliveira Libório, e demonstra como a escuta sensível e o respeito à diversidade podem promover trajetórias de aprendizagem mais humanas.

A criação do projeto nasceu da sensibilidade pedagógica e da escuta atenta às necessidades da estudante neurodivergente, Eloá Christina Barbosa Costa Rosa, participante da eletiva de robótica. Durante as aulas da disciplina, os alunos foram convidados a sugerir ideias para a construção de robôs, e Eloá propôs a criação de um robô inspirado em um dinossauro. A proposta foi acolhida pela equipe docente e pelos colegas, transformando a paixão da aluna em uma ferramenta de aprendizagem.

A iniciativa permitiu que a estudante participasse ativamente de todas as etapas do projeto, desde a concepção até as apresentações públicas. A transformação da estudante foi percebida por toda a comunidade escolar, que notou melhorias na autoestima, comunicação, engajamento e habilidades sociais da jovem. Além disso, o projeto impactou positivamente os demais alunos, promovendo um ambiente de empatia, respeito às diferenças e valorização da diversidade.

De acordo com a coordenadora do projeto, Andréa Ameno, o projeto mostrou que quando a tecnologia se alia ao cuidado pedagógico e à escuta ativa, ela se torna um instrumento de inclusão. “Mais do que construir um robô, a turma viveu uma experiência de inclusão real, onde a valorização das diferenças gerou aprendizado coletivo, vínculos mais fortes e um resultado criativo e significativo para todos. O maior aprendizado foi perceber que incluir não é adaptar o aluno ao sistema, mas transformar o sistema para acolher todas as formas de aprendizagem”, afirmou.

Além de Eloá, outros alunos também participaram da construção e desenvolvimento do projeto: Bruna Lima Freitas Rodrigues, Luka Gabriel Santos Oliveira, Guilherme Silva Alencar, Laís Elenilda Oliveira Santos e Maria Carolina Andrade Fontes.

O projeto se baseia em princípios da robótica educacional como prática ativa e interdisciplinar, com objetivo de promover o desenvolvimento técnico e socioemocional dos alunos. A proposta envolve o estímulo à criatividade, à colaboração e ao respeito às singularidades, especialmente de estudantes neurodivergentes.

Para a mãe de Eloá, Elaine Christian, o projeto foi importante na vida da sua filha, pois foi a partir dele que a estudante se sentiu valorizada. “Ela contou que, na antiga escola, se sentia inútil, mas na nova, passou a se sentir valorizada, principalmente por participar de um projeto em que pôde sugerir a criação de um robô em forma de dinossauro. Algo que ela ama, mas achava que os colegas não entenderiam. Para sua surpresa, o grupo aceitou sua ideia com entusiasmo, o que a fez perceber que sua paixão podia ser importante para outros também”, destacou.

“No início, Eloá tinha medo de falar e dificuldades em trabalhar em equipe, mas com o tempo ganhou confiança ao ver que os colegas pediam sua opinião e ouviam suas explicações sobre dinossauros e montagem do robô. Hoje, ela se sente mais acolhida nas aulas e acredita que a escola pode ser um lugar onde não está sozinha”, complementou Elaine.

Para a estudante Bruna Rodrigues, participar do projeto foi uma experiência marcante. “Desde o início, nosso grupo teve a liberdade de criar algo que fizesse sentido para a gente. A ideia de fazer um robô dinossauro veio de uma colega nossa, Eloá, que é neurodivergente e tem um grande interesse por dinossauros. A gente não só estava construindo um robô, mas também criando um ambiente onde todo mundo pudesse participar e se sentir valorizado”, afirmou.

“Aprendi muita coisa ao longo do projeto, tanto na parte técnica da robótica, enfim, quanto na parte humana. Aprendi a escutar melhor, a adaptar a comunicação para incluir todo mundo e, principalmente, entendi que a inclusão não é só aceitar as diferenças, mas transformar o ambiente para que todos possam aprender de verdade”, completou Bruna.

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Robótica educacional promove inclusão de estudante neurodivergente no interior de Sergipe
Projeto ‘Rex Bot’ estimula protagonismo e habilidades socioemocionais a partir do hiperfoco de aluna com TEA
Segunda-Feira, 04 de Agosto de 2025 às 16:15:00

Uma iniciativa desenvolvida no Centro de Excelência Deputado Joaldo Vieira Barbosa, unidade de ensino da rede pública estadual no município de Salgado, está mudando a forma como a robótica educacional pode ser utilizada como ferramenta de inclusão e valorização das individualidades. Intitulado ‘Rex Bot e o Despertar do Protagonismo’, o projeto é resultado das atividades da eletiva ‘Livre Robominds’, coordenada pela professora Andréa Ameno, com apoio do coorientador Denisson de Oliveira Libório, e demonstra como a escuta sensível e o respeito à diversidade podem promover trajetórias de aprendizagem mais humanas.

A criação do projeto nasceu da sensibilidade pedagógica e da escuta atenta às necessidades da estudante neurodivergente, Eloá Christina Barbosa Costa Rosa, participante da eletiva de robótica. Durante as aulas da disciplina, os alunos foram convidados a sugerir ideias para a construção de robôs, e Eloá propôs a criação de um robô inspirado em um dinossauro. A proposta foi acolhida pela equipe docente e pelos colegas, transformando a paixão da aluna em uma ferramenta de aprendizagem.

A iniciativa permitiu que a estudante participasse ativamente de todas as etapas do projeto, desde a concepção até as apresentações públicas. A transformação da estudante foi percebida por toda a comunidade escolar, que notou melhorias na autoestima, comunicação, engajamento e habilidades sociais da jovem. Além disso, o projeto impactou positivamente os demais alunos, promovendo um ambiente de empatia, respeito às diferenças e valorização da diversidade.

De acordo com a coordenadora do projeto, Andréa Ameno, o projeto mostrou que quando a tecnologia se alia ao cuidado pedagógico e à escuta ativa, ela se torna um instrumento de inclusão. “Mais do que construir um robô, a turma viveu uma experiência de inclusão real, onde a valorização das diferenças gerou aprendizado coletivo, vínculos mais fortes e um resultado criativo e significativo para todos. O maior aprendizado foi perceber que incluir não é adaptar o aluno ao sistema, mas transformar o sistema para acolher todas as formas de aprendizagem”, afirmou.

Além de Eloá, outros alunos também participaram da construção e desenvolvimento do projeto: Bruna Lima Freitas Rodrigues, Luka Gabriel Santos Oliveira, Guilherme Silva Alencar, Laís Elenilda Oliveira Santos e Maria Carolina Andrade Fontes.

O projeto se baseia em princípios da robótica educacional como prática ativa e interdisciplinar, com objetivo de promover o desenvolvimento técnico e socioemocional dos alunos. A proposta envolve o estímulo à criatividade, à colaboração e ao respeito às singularidades, especialmente de estudantes neurodivergentes.

Para a mãe de Eloá, Elaine Christian, o projeto foi importante na vida da sua filha, pois foi a partir dele que a estudante se sentiu valorizada. “Ela contou que, na antiga escola, se sentia inútil, mas na nova, passou a se sentir valorizada, principalmente por participar de um projeto em que pôde sugerir a criação de um robô em forma de dinossauro. Algo que ela ama, mas achava que os colegas não entenderiam. Para sua surpresa, o grupo aceitou sua ideia com entusiasmo, o que a fez perceber que sua paixão podia ser importante para outros também”, destacou.

“No início, Eloá tinha medo de falar e dificuldades em trabalhar em equipe, mas com o tempo ganhou confiança ao ver que os colegas pediam sua opinião e ouviam suas explicações sobre dinossauros e montagem do robô. Hoje, ela se sente mais acolhida nas aulas e acredita que a escola pode ser um lugar onde não está sozinha”, complementou Elaine.

Para a estudante Bruna Rodrigues, participar do projeto foi uma experiência marcante. “Desde o início, nosso grupo teve a liberdade de criar algo que fizesse sentido para a gente. A ideia de fazer um robô dinossauro veio de uma colega nossa, Eloá, que é neurodivergente e tem um grande interesse por dinossauros. A gente não só estava construindo um robô, mas também criando um ambiente onde todo mundo pudesse participar e se sentir valorizado”, afirmou.

“Aprendi muita coisa ao longo do projeto, tanto na parte técnica da robótica, enfim, quanto na parte humana. Aprendi a escutar melhor, a adaptar a comunicação para incluir todo mundo e, principalmente, entendi que a inclusão não é só aceitar as diferenças, mas transformar o ambiente para que todos possam aprender de verdade”, completou Bruna.