Peças únicas, feitas à mão, com identidade cultural e tradição. A Vila da Páscoa, uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e das secretarias de Estado da Comunicação (Secom), da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) e do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), tem se destacado como um espaço de celebração da cultura popular, reunindo diferentes tipologias de artesanato e impulsionando a renda de artesãos e artesãs de vários municípios sergipanos.
Com grande movimentação de visitantes, os participantes relatam boas vendas e comemoram a divulgação dos seus trabalhos, tudo isso resultado do impacto direto do incentivo à produção local como ferramenta de desenvolvimento econômico e social.
Daiane Fulôr produz artesanalmente bolsas e acessórios. Ela trabalha com pedras lapidadas, pedras brutas, filigrana e macramê. “Eu pego essas pedras e transformo em joias. E o objetivo dessas joias é atravessar gerações”, explicou a artesã. Ela também trabalha com couro. Com a matéria prima, produz bolsas sem auxílio de nenhuma máquina. “Utilizo couro de bode. Eu dou o corte, vaso um por um, colo, costuro, e então crio essa peça única”, destacou.
Este é o quarto evento promovido pelo Governo do Estado do qual Daiane participa com o objetivo de expor o seu talento e faturar com as vendas. “Esse venceu as minhas expectativas. Ontem mesmo, um pós-feriado, eu achei que o movimento ia ser bem devagar, tanto de pessoas circulando quanto em relação às vendas também, mas eu fiquei muito surpresa; toda chegavam clientes. Foi muito bom mesmo”, justificou.
Daiane é doula, e a paixão pelo artesanato virou um complemento para sua renda. “Ela consegue me garantir a minha feira semanal, as frutas do meu filho, garante também as minhas contas pagas. É só ir atrás mesmo e aproveitar esses espaços”, recomendou a artesã. “Como mulher, como mãe, como artesã, a arte é uma ferramenta de empoderamento. É através dela que eu tenho a minha independência financeira. É através dela também que eu consigo expressar os meus sentimentos. E a parte da troca com os clientes em eventos como esse é maravilhosa porque a gente ensina, mas a gente mais aprende do que ensina”, completou.
Daiane também destacou a presença de turistas na Vila da Páscoa como efeito positivo para suas vendas. “Há cinco anos, nessa época do ano, não tinha tantos turistas em Aracaju como a gente vê hoje. Semana passada mesmo, num dia só, eu conheci gente de Minas Gerais, eu conheci gente de São Paulo, eu conheci gente do Piauí, eu conheci gente do Mato Grosso do Sul. Isso tudo num dia só! Então, isso significa que Aracaju e Sergipe estão sendo bem divulgados”, disse a artesã.
Aprovação
Luzimar Dias faz parte da Associação de Artesanato e Apicultura dos Povoados Tigre e Junça (AAAPTJ) de Japaratuba. Ela trabalha com palha há mais de dez anos e, com a associação, participa de eventos promovidos pelo Governo para divulgar a tradição da palha do município. Para ela, todo início de evento gera muita expectativa. “A gente fica ansiosa para chegar o dia, para começar a expor nosso artesanato que, graças a Deus, sai bastante. É um sustento a mais, uma renda a mais para dentro de casa”, disse a artesã.
Orlando Granato é formado em publicidade e propaganda, artista visual e tem no artesanato seu hobby, sua paixão. Pela primeira em um evento promovido pelo Governo do Estado, ele comemora a experiência expondo suas peças em argila e madeira. “Está sendo muito maravilhosa. Eu trabalho com o artesanato e a arte há algum tempo, e nunca tinha tido a oportunidade de poder estar num evento como esse. E estou aqui hoje na Vila da Páscoa, que já está quase no finalzinho, e foi um evento muito bom para a gente, para a gente poder divulgar o nosso trabalho, a nossa arte, o nosso artesanato. Para mim, foi muito gratificante”, disse o artesão.
E não é só o talento dos artesãos e artesãs que ganham destaque na Vila da Páscoa; a resistência desses sergipanos também ganha visibilidade. Entre eles, está a artesã Roseilde Cruz, natural de salgado, que transforma cipó em arte com as próprias mãos — em um trabalho que carrega memória, ancestralidade e sustento.
“Valeu a pena, sim. Eu mostro o meu trabalho, que é um trabalho que já vem do tempo dos escravos, dos indígenas, que é trabalhado, extraído da natureza, é tudo uma extração natural”, contou ela, com orgulho. “Eles são todos naturais. E aí eu trabalho com minhas próprias mãos, eu que colho, eu que chego até aqui pra vender. Eu costumo dizer que eu sou a fábrica e eu sou o vendedor.”
O processo não é simples e exige planejamento e dedicação. De tirar a palha para fazer o trabalho até o resultado pronto para a venda, Roseilde leva mais ou menos uns 15 dias. Mais do que uma vitrine para seu talento, a Vila da Páscoa também representa oportunidade. Mãe de cinco filhos, é com a arte da palha que ela garante o sustento de todos. “Com essa renda é que eu mantenho minhas contas em dias", acrescentou.
Os relatos dos artesãos mostram que a Vila da Páscoa vai muito além de um espaço de exposição e vendas. É uma vitrine viva da criatividade e da força do povo sergipano, onde cada peça carrega não só técnica e beleza, mas também histórias de superação, ancestralidade e pertencimento. Ao impulsionar a economia criativa e abrir portas para novos mercados, o evento reforça o papel do artesanato como um importante instrumento de desenvolvimento econômico, inclusão social e afirmação cultural.
Vila da Páscoa
A Vila da Páscoa 2025 acontece diariamente até o dia 27 de abril, das 17h às 22h, na Orla da Atalaia, e é uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e secretarias de Estado da Comunicação (Secom), da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) e do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). O evento conta com apoio da Netiz, Energisa e Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e patrocínio do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
Peças únicas, feitas à mão, com identidade cultural e tradição. A Vila da Páscoa, uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e das secretarias de Estado da Comunicação (Secom), da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) e do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), tem se destacado como um espaço de celebração da cultura popular, reunindo diferentes tipologias de artesanato e impulsionando a renda de artesãos e artesãs de vários municípios sergipanos.
Com grande movimentação de visitantes, os participantes relatam boas vendas e comemoram a divulgação dos seus trabalhos, tudo isso resultado do impacto direto do incentivo à produção local como ferramenta de desenvolvimento econômico e social.
Daiane Fulôr produz artesanalmente bolsas e acessórios. Ela trabalha com pedras lapidadas, pedras brutas, filigrana e macramê. “Eu pego essas pedras e transformo em joias. E o objetivo dessas joias é atravessar gerações”, explicou a artesã. Ela também trabalha com couro. Com a matéria prima, produz bolsas sem auxílio de nenhuma máquina. “Utilizo couro de bode. Eu dou o corte, vaso um por um, colo, costuro, e então crio essa peça única”, destacou.
Este é o quarto evento promovido pelo Governo do Estado do qual Daiane participa com o objetivo de expor o seu talento e faturar com as vendas. “Esse venceu as minhas expectativas. Ontem mesmo, um pós-feriado, eu achei que o movimento ia ser bem devagar, tanto de pessoas circulando quanto em relação às vendas também, mas eu fiquei muito surpresa; toda chegavam clientes. Foi muito bom mesmo”, justificou.
Daiane é doula, e a paixão pelo artesanato virou um complemento para sua renda. “Ela consegue me garantir a minha feira semanal, as frutas do meu filho, garante também as minhas contas pagas. É só ir atrás mesmo e aproveitar esses espaços”, recomendou a artesã. “Como mulher, como mãe, como artesã, a arte é uma ferramenta de empoderamento. É através dela que eu tenho a minha independência financeira. É através dela também que eu consigo expressar os meus sentimentos. E a parte da troca com os clientes em eventos como esse é maravilhosa porque a gente ensina, mas a gente mais aprende do que ensina”, completou.
Daiane também destacou a presença de turistas na Vila da Páscoa como efeito positivo para suas vendas. “Há cinco anos, nessa época do ano, não tinha tantos turistas em Aracaju como a gente vê hoje. Semana passada mesmo, num dia só, eu conheci gente de Minas Gerais, eu conheci gente de São Paulo, eu conheci gente do Piauí, eu conheci gente do Mato Grosso do Sul. Isso tudo num dia só! Então, isso significa que Aracaju e Sergipe estão sendo bem divulgados”, disse a artesã.
Aprovação
Luzimar Dias faz parte da Associação de Artesanato e Apicultura dos Povoados Tigre e Junça (AAAPTJ) de Japaratuba. Ela trabalha com palha há mais de dez anos e, com a associação, participa de eventos promovidos pelo Governo para divulgar a tradição da palha do município. Para ela, todo início de evento gera muita expectativa. “A gente fica ansiosa para chegar o dia, para começar a expor nosso artesanato que, graças a Deus, sai bastante. É um sustento a mais, uma renda a mais para dentro de casa”, disse a artesã.
Orlando Granato é formado em publicidade e propaganda, artista visual e tem no artesanato seu hobby, sua paixão. Pela primeira em um evento promovido pelo Governo do Estado, ele comemora a experiência expondo suas peças em argila e madeira. “Está sendo muito maravilhosa. Eu trabalho com o artesanato e a arte há algum tempo, e nunca tinha tido a oportunidade de poder estar num evento como esse. E estou aqui hoje na Vila da Páscoa, que já está quase no finalzinho, e foi um evento muito bom para a gente, para a gente poder divulgar o nosso trabalho, a nossa arte, o nosso artesanato. Para mim, foi muito gratificante”, disse o artesão.
E não é só o talento dos artesãos e artesãs que ganham destaque na Vila da Páscoa; a resistência desses sergipanos também ganha visibilidade. Entre eles, está a artesã Roseilde Cruz, natural de salgado, que transforma cipó em arte com as próprias mãos — em um trabalho que carrega memória, ancestralidade e sustento.
“Valeu a pena, sim. Eu mostro o meu trabalho, que é um trabalho que já vem do tempo dos escravos, dos indígenas, que é trabalhado, extraído da natureza, é tudo uma extração natural”, contou ela, com orgulho. “Eles são todos naturais. E aí eu trabalho com minhas próprias mãos, eu que colho, eu que chego até aqui pra vender. Eu costumo dizer que eu sou a fábrica e eu sou o vendedor.”
O processo não é simples e exige planejamento e dedicação. De tirar a palha para fazer o trabalho até o resultado pronto para a venda, Roseilde leva mais ou menos uns 15 dias. Mais do que uma vitrine para seu talento, a Vila da Páscoa também representa oportunidade. Mãe de cinco filhos, é com a arte da palha que ela garante o sustento de todos. “Com essa renda é que eu mantenho minhas contas em dias", acrescentou.
Os relatos dos artesãos mostram que a Vila da Páscoa vai muito além de um espaço de exposição e vendas. É uma vitrine viva da criatividade e da força do povo sergipano, onde cada peça carrega não só técnica e beleza, mas também histórias de superação, ancestralidade e pertencimento. Ao impulsionar a economia criativa e abrir portas para novos mercados, o evento reforça o papel do artesanato como um importante instrumento de desenvolvimento econômico, inclusão social e afirmação cultural.
Vila da Páscoa
A Vila da Páscoa 2025 acontece diariamente até o dia 27 de abril, das 17h às 22h, na Orla da Atalaia, e é uma realização do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e secretarias de Estado da Comunicação (Secom), da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) e do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). O evento conta com apoio da Netiz, Energisa e Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e patrocínio do Banco do Estado de Sergipe (Banese).