Entre os dias 10 e 12 de fevereiro, Aracaju será o grande cenário da música, da cultura, dos esportes e do entretenimento em Sergipe. A edição 2023 do Projeto Verão marca o retorno da festa e desde já movimenta os mais diversos setores produtivos no estado. O evento, que se tornou um vetor de desenvolvimento econômico para Sergipe, é aguardado por nativos e visitantes e deve agitar as orlas de Atalaia e Por do Sol.
De acordo com o governador Fábio Mitidieri, a festa funciona como plataforma de projeção econômica de Sergipe para o Brasil. “Quando a gente faz um evento como esse, algumas pessoas dizem ‘vai gastar dinheiro com festa?’. Mas é um investimento na cultura da nossa gente, no desenvolvimento, no turismo, na geração de renda para nosso povo. Sergipe está on para captação de eventos, para que a gente possa promover com isso mais desenvolvimento turístico e mais geração de emprego. Vamos fazer com que Sergipe se torne um grande destino turístico, e muito disso vai sair da parceria com a Prefeitura de Aracaju. É assim que a gente vai transformar o nosso estado e mostrar que Sergipe está no calendário cultural do país”, afirma.
Para o prefeito Edvaldo Nogueira, o evento traz destaque ao potencial turístico de Aracaju e mostra a importância da parceria com o Governo do Estado. “O tema ‘Sinta novamente esse calor’ fala sobre o calor do Governo do Estado junto com a Prefeitura de Aracaju, aquecendo o verão do sergipano. A ideia é que o evento faça o fechamento das férias, do verão. Nesse sentido, vamos trazer turismo, incentivar o desenvolvimento, mas, acima de tudo, comemorar nossas vitórias e nossa unidade na diversidade”, sublinha.
O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, também enfatiza a articulação entre os executivos estadual e municipal. “Essa parceria com a prefeitura é bem importante, porque fortalece o desenvolvimento do turismo. Nosso governador e nosso prefeito querem focar no turismo como gerador imediato de renda e de emprego. É bom para Aracaju, é bom para o estado, é bom para todo o trade turístico. Essa parceria, sem dúvidas, vai ser duradoura”, pontua.
Desenvolvimento
Entre os segmentos mais beneficiados pela festa está o ramo hoteleiro, que espera grande aumento nas taxas de ocupação. “O Projeto Verão não é só bom para a cultura e para o esporte. É bom para a economia, porque vai gerar renda e empregos, movimentando toda a cadeia ligada ao setor de eventos e turismo. Estamos otimistas, pois eventos como esse nos trazem a possibilidade de viajar pelo Brasil divulgando Aracaju e Sergipe como destinos turísticos”, frisa o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/SE), Antônio Carlos Franco Sobrinho.
Segundo o diretor de Promoção, Marketing e Eventos do Governo do Estado, Gustavo Paixão, eventos como o Projeto Verão trazem benefícios a curto e longo prazo para os locais em que são realizados, sobretudo no contexto pós-pandemia. Também presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), Gustavo detalha a fatia representada pelo setor na economia brasileira.
“Nós movimentamos cerca de seis milhões de empregos no Brasil e somos responsáveis por 4,8% do Produto Interno Bruto nacional. O setor de eventos movimenta mais de 70 segmentos e tem ramificações em todos os setores. Então, realizar o Projeto Verão não se trata apenas de fazer festa, mas de promover um evento grandioso, que vai trazer turismo para o estado e que vai movimentar a economia”, sintetiza.
Economia cultural
Para a cantora sergipana Anne Carol, que irá se apresentar no palco do Projeto Verão no dia 11 de fevereiro, o evento é um propulsor para todos os artistas independentes. “Estou muito feliz em fazer parte do Projeto Verão trazendo a minha música, a música preta. Isso é muito importante não só para mim, mas também para quem nos acompanha e torce para que a gente ocupe esses espaços. É um festival grandioso em todos os sentidos: cultural, esportivo, de lazer e também no de movimentar a economia. O Projeto Verão vai trazer oportunidades”, comenta.
A presidente nomeada à Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), Antônia Amorosa, explica que o evento motiva toda a cadeia produtiva da cultura. “Houve muita sensibilidade, tanto do governo quanto da prefeitura, em inserir representações nessa programação. O que importa é buscar caminhos para dar vitrine ao maior número possível de expressões culturais. E, quando falamos em expressão cultural, não podemos nos limitar à música. Há também o artesão, por exemplo, que leva seu produto para ser exposto na feirinha. E, se essa pessoa está lá, é porque ganhou projeção na cadeia da cultura e mostrou algo que tenha respaldo social”, sinaliza.
O guitarrista da banda Mestre Madruguinha, Alexandre Marreta, acredita que o evento representa a valorização dos trabalhadores da música. “Participar de um evento como o Projeto Verão possibilita que a gente movimente toda uma cadeia. Para fazer um espetáculo, além dos sete músicos da banda, a gente tem uma equipe que demanda custos. Então, o cachê faz com que a gente consiga remunerar a todos e apresentar o espetáculo que sempre almejou, em um palco grande, sem a limitação que encontramos em outros locais”, ressalta.
Evento
Após dois anos em pausa por conta da pandemia da Covid-19, o Projeto Verão retorna por meio do trabalho conjunto do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju. A programação conta com shows musicais, apresentações artísticas, competições esportivas e feira criativa. Criada em 2003, a festa traz ao estado artistas de renome nacional e já se consagrou como uma das mais esperadas do verão sergipano.